sexta-feira, 8 de julho de 2011

O problema da ética profissional

Nem de longe a ética profissional é um problema. O problema ocorre na ausência desta.
Uma característica inerente às sociedades modernas é a interdependência dos seus indivíduos. No momento em que duas ou mais pessoas se agregam, e passam a dividir as suas atividades, cria-se a divisão do trabalho. Com esta, o individuo incumbido de tal função, deve se aprofundar e se especializar em determinada área, desse modo, surgem as profissões, e com essas, uma responsabilidade do profissional perante a sociedade. É essa divisão que torna a sociedade interdependente.
                Porém, a interdependência não é algo ruim. Já pensou se cada um de nós tivesse que ser médicos, advogados, engenheiros, padeiros, motoristas, pilotos e outros? Seria uma desordem na certa.
                O problema da interdependência esta justamente na falta da ética profissional.
                Critica-se muito o mau político porque ele não trabalha pelo povo, só pensa em si mesmo e no seu enriquecimento, no aumento do seu patrimônio e no poder que adquire ao exercer um cargo público. Porque isso acontece? Por que concedemos mandatos a pessoas sem ética e sem moral! Sem responsabilidade social.
                É muito comum vermos pessoas acusando os políticos de serem ladrões, mas quantas dessas pessoas fariam diferentes?
Segundo o psicanalista francês Jacques-Marie Lacan, a parti do momento que um individuo se ver “rei”, muda sua personalidade. Um cidadão comum quando sobe ao poder, altera seu psiquismo. Olhará "de cima" os seus "governados", os "comandados", os "coordenados", enfim, os com menos poder que ele.
Não estou defendendo político algum, mas antes de acusá-los, vamos analisar nossos próprios atos, por que cada um de nós possui uma função na sociedade, e se não a exercemos corretamente, outros sofrem a conseqüência. O motorista que “queima” uma parada prejudica muita gente que só quer chegar em casa depois de um dia de trabalho. O gari que não trabalha corretamente deixa a cidade suja (apesar de ser um dever de todos nós).  O médico que abandona seu plantão pode ser o responsável pela morte de alguém. Por falar em médico, temos um caso atual do urologista Paulo Barros, que é recebe para trabalhar por quatro horas no URES da Pres. Vargas, mas não fica mais do que uma hora e meia na unidade, segundo denuncia da Liberal.
O problema do político de hoje é justamente esse, a falta da ética proficional. Vamos esperar que o político de amanha seja mais ético. Melhor, esperar não, lutar! Exigir que nossos representantes trabalhem por nós, e não por eles, se eles não se adequarem, vamos mudar de candidatos. De dois em dois anos somos chamados a renovar nossas casas legislativas e nossos chefes executivos, cabe a todos nós estarmos atentos ao trabalho do governo, como diz meu nobre amigo Sávio Barros “política não é para poucos, é para todos”.

Por Diego Fonseca 

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